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10 mitos da tecnologia que já foram desmentidos

Atualizado: 29 de jan. de 2018

Nem tudo o que brilha é ouro, diz o ditado. “Traduzindo” a frase, podemos dizer que nem tudo que parece algo é aquilo de fato — e podemos dizer sem medo que, tratando de tecnologia, nem tudo que parece verdade é verdade.



Informações desencontradas, incompletas ou baseadas em impressões de usuários acabam gerando uma série de mitos. Assim, conforme o tempo passa, os mitos são espalhados por aí e acabam grudando no inconsciente coletivo, parecendo verdadeiros. Mas, como todos os mitos, eles não são.


Nós listamos agora 10 mitos que já foram bastante repetidos, que você talvez já tenha ouvido por aí, mas que não encontram lastro na realidade. Algumas coisas mais simples, outras nem tanto, mas sempre informações que podem ajudar você a decidir algumas situações em sua vida tecnológica.


1. Mais barras significa melhor sinal de telefonia e internet móvel


No topo da tela do seu telefone celular, seja ele um smartphone ou não, você já deve ter reparado o indicador da rede de telefonia e internet móvel. Muitas pessoas pensam que, quanto mais cheio aquele medidor, melhor será o sinal para realizar e receber chamadas ou acessar a internet pelo 3G/4G — isso não é verdade.


Uma barra cheia indica apenas que o sinal é forte, que você está próximo de uma torre de transmissão, por exemplo. O indicador não mede a qualidade deste sinal e ela pode ser inferior se muitas pessoas estiverem na mesma região usando o mesmo serviço. Em suma, uma barra cheia significa um sinal forte, não necessariamente um sinal de qualidade.


2. Bateria do celular só deve ser recarregada quando estiver no fim


Por muito tempo, o mundo teve que lidar com as baterias de níquel cádmio. Elas sofriam do chamado efeito memória e ficavam viciadas, por isso era necessário sempre dar aquele “banho de carga” ao comprar um novo celular e não era recomendado recarregá-lo antes da bateria estar quase no fim.


Mas isso mudou com as atuais baterias de íon de lítio. Elas podem ser carregadas a qualquer instante e, inclusive, é recomendado iniciar uma recarga sempre que o nível da bateria estiver abaixo de 40%. Você pode até mesmo usar o seu gadget conectado à tomada durante algum tempo sem grandes problemas.


Logicamente, elas se desgastam com o tempo e, com isso, passam a descarregar mais rápido depois de algum tempo de uso ou após ficarem muito tempo sem serem utilizadas. Mas elas não sofrem com efeito memória e nem ficam viciadas.


3. Câmeras com mais megapixels são sempre as melhores


Se você é um pouco mais antigo, deve se lembrar bem de quando as câmeras digitais começaram a se popularizar. Algo sempre usado como mote para fazer propaganda destes dispositivos era sua quantidade de megapixels, como se isso fosse crucial para determinar a qualidade da máquina e das fotos que ela é capaz de fazer.


Porém, associar uma coisa a outra nem sempre faz sentido. A qualidade de uma fotografia depende muito do sensor utilizado pela câmera, de quanta luz ele consegue receber na hora de registrar a imagem. Quanto maior for cada pixel, mais luz passa e mais fiel se torna uma fotografia.


Porém, pixels maiores nem sempre vêm em grande quantidade — quando se fala que uma câmera tira fotos de até 50 megapixels, isso significa quantidade de pixels, não tamanho, tampouco qualidade.


4. Não tem problema usar o notebook sempre ligado na tomada


Apesar da evolução das baterias de níquel cádmio para as atuais e modernas de íons de lítio, ainda é preciso ter algumas precauções para prolongar a vida útil destes dispositivos. Bom exemplo disso é o notebook: muita gente acha que usar o aparelho constantemente ligado na tomada não causa nenhum problema, mas isso não é verdade.


Usar o notebook com bateria e conectado à tomada pode reduzir a vida útil da bateria. Isso acontece porque o computador emite calor enquanto funciona, assim como o processo de carregamento da bateria. Desta maneira, ela fica exposta ao calor de maneira desnecessária.


Com o tempo, isso acelera o desgaste natural da bateria. Então, o ideal é que você não use sempre o computador conectado à tomada quando ele estiver com a bateria. Retirar o plug da energia de vez em quando — ou deixá-lo ligado ao PC, mas tirar a bateria — pode ser uma boa solução.


5. Linux e Mac não pegam vírus


Uma lenda que perdurou por algum tempo é a de que os principais sistemas operacionais concorrentes do Windows, o Mac e Linux, estariam imunes aos vírus. Isso é mentira, porém é certo afirmar que a ação de malwares em um Mac ou em uma distribuição de Linux é bem menos devastadora do que em um PC com Windows.


Isso se deve a inúmeros fatores, como a estrutura de arquivos e também as autenticações necessárias para realizar alterações em pastas e arquivos sensíveis do sistema. Mas que existem vírus que agem tanto no Mac quanto em sistemas Linux, existem.


6. Modo privado do navegador é a mesma coisa que navegação anônima


Quando o Chrome apresentou a navegação privada, feito inédito para o mundo dos navegadores, muita gente celebrou — e com razão. A partir de então, ficava mais fácil navegar na internet sem deixar rastros na máquina onde isso foi feito, isto é, o navegador não registraria histórico, cache, lista de downloads e por aí vai.


Porém, muita gente ainda confunde a navegação privada com navegação anônima. Ativar o modo privado em qualquer navegador vai apenas evitar que sejam feitos registros locais, mas os trackers das páginas que você visita ainda continuarão rastreando seu comportamento, os locais visitados por você, no que você clica e por aí vai. Enfim, a privacidade é de mão única.


7. Esvaziar a Lixeira remove um arquivo permanentemente


Quando você deleta um arquivo em seu disco rígido e, depois, esvazia a Lixeira, ele foi removido definitivamente, certo? Errado. Ao fazer isso, o sistema apenas apaga a ligação que identificava aquele arquivo como disponível e o espaço no qual ele estava como ocupado.


Dessa maneira, um arquivo fica “oculto” e o sistema recebe a informação de que pode utilizar aquele espaço. Assim, conforme você vai usando o computador e salvando novas coisas, o espaço vai sendo sobrescrito — por isso existem recuperadores de arquivos que conseguem reaver itens apagados “definitivamente” de um disco.


Há ainda programas que apagam um arquivo de uma vez por todas. O que eles fazem é justamente identificar onde está o arquivo, apagá-lo e sobrescrever tal espaço, impedindo que o item seja recuperado posteriormente.


8. Telas de smartphone com maior resolução são sempre as melhores


Por maior que seja, uma tela de smartphone ainda não é grande o suficiente para que o olho humano possa ver muita diferença entre Full HD (1080p) e resoluções maiores. Por mais que já existam aparelhos com uma quantidade de pixels bem maior, como é o caso do LG G3 (1440p).


De modo geral, isso acaba funcionando mais como apelo comercial do que como um recurso perceptível de fato. Assim, outros detalhes ligados à tela acabam por ter mais peso na percepção do usuário, como brilho, iluminação e contraste.


9. Telas de LED e de LCD são coisas diferentes


Outro equívoco comum que se tornou um mito é dizer que telas de LCD e de LED são coisas diferentes, pois não são, apesar de alguns vendedores usarem esse artifício na hora da venda. O fato é que aparelhos LED (sigla em inglês para “diodo de emissor de luz”) usam diodos para a retroiluminação de uma tela de LCD (cristal líquido).


Telas de LCD que não são usam a tecnologia LED podem ter retroiluminação fluorescente, por exemplo. Ou seja, as “telas de LED” nada mais são do que uma categoria de telas LCD.


10. Cabo HDMI bom é cabo HDMI caro


Você já deve ter ouvido que, se deseja um bom cabo de HDMI, deve pagar caro por isso, entretanto, felizmente isso não é totalmente verdade. Por ser uma transmissão digital, o cabo HDMI funciona ou não funciona, não sendo possível que ele apresente “fantasmas” e ruídos na tela.


A única exceção é para cabos maiores do que 3 metros. Caso você precise conectar dois dispositivos via HDMI a uma distância maior do que esta, recomenda-se utilizar um equipamento de ponta. Isso porque os materiais de maior qualidade ajudarão a isolar melhor o cabo e a evitar a degradação do sinal.


Agora, se você vai usar em casa para ligar o console ou o tocador Blu-ray à televisão, com apenas alguns centímetros de distância entre os aparelhos, cabos mais baratos podem ser úteis.


Fonte: Canaltech


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