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Cientistas criam disco capaz de armazenar 360 tb por 14 bilhões de anos

Atualizado: 29 de jan. de 2018

Foi desenvolvida uma técnica de armazenar dados em um cristal do tamanho de uma moeda, mantendo a qualidade por bilhões de anos.



Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, desenvolveram uma técnica de armazenar dados em um cristal do tamanho de uma moeda, capaz de armazenar até 360 tb (terabytes) por 14 bilhões de anos, sem perder a qualidade.


A técnica usa pulsos de laser de femtosegundo (utilizado em cirurgias de catarata), que são extremamente curtos e intensos, para criar camadas de nanoestruturas, cada uma separada por apenas 5 micrômetros (que é a milésima parte de 1 milímetro). O cristal pode ser lido com a ajuda de um microscópio ótico e um polarizador. Com isso, os cientistas apelidaram a tecnologia de 5D, devido às suas “cinco dimensões” (tamanho, orientação e três posicionamentos diferentes de nanoestruturas).


Para testar a nova técnica, a equipe registrou diversas obras, como a Magna Carta, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e uma versão da Bíblia Sagrada.


Além de ter duração praticamente ilimitada, o disco resiste a temperaturas de até 190 graus célsius. “É emocionante pensar que criamos um documento que provavelmente vai sobreviver à espécie humana. Essa tecnologia pode garantir a última evidência da civilização: tudo o que aprendemos não será esquecido” disse Peter Kazansky, professor e supervisor do grupo de pesquisa.


No momento apenas arquivos mais leves, como textos, podem ser salvos na unidade de armazenamento, e o processo de leitura ainda é bem complexo. Os cientistas afirmaram que os próximos desafios quanto ao cristal 5D serão reduzir ou eliminar por completo estas e outras de suas principais limitações.


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